segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Evangelismo nos trens

Uma matéria publicada na revista Eclésia me chamou a atenção, pois opiniões são diversas entre crentes e não crentes. O texto diz assim:

Silêncio Forçado
Em São Paulo evangélicos são proibidos de pregar nos trens da CPTM
fonte: Revista Eclésia Ano 11 - Edição 121 - Matéria de José Donizzetti Morbidelli

Se a Constituição Federal, em seu artigo 5° Incisos VI e VIII, garante a todo cidadão brasileiro a liberdade de consciência e o livre exercício dos cultos religiosos, ao que parece a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), empresa responsável pelo transporte ferroviário em São Paulo e os evangélicos pregadores que, diariamente, usam a malha ferroviária, parecem que não estão falando a mesma língua ou respeitando o mesmo código.
Nos últimos meses, a exemplo do que já acontece com os vendedores ambulantes, a empresa também tem feito uma marcação cerrada contra os pregadores, que se julgam perseguidos e humilhados ao serem retirados das composições. Com isso, uma das mais conhecidas e tradicionais formas de evangelização, pelo menos na capital paulista, parece estar com os dias contados.
O estopim de toda essa discussão aconteceu na estação Engenheiro Goulart, Zona Leste da cidade, onde três usuários, José Airton da Silva Santos, Agostinho Ferreira da Silva e Hilda Macedo de Oliveira, todos citados na ocorrência interna N° 10904/2007 emitida pela empresa,foram obrigados a desembarcar, por estarem fazendo pregação religiosa. Em seu estatuto (NG 005), a CPTM esclarece que qualquer atividade que cause transtorno aos usuários, nas quais está incluída a pregação religiosa, é proibida. E argumenta ainda que tal decisão é fundamentada no Decreto Federal N° 1832 de 04/03/1996, que aprovou o Regulamento dos Transportes Ferroviários no país. "Antes da adoção de medidas regulamentares à pregação religiosa no interior dos trens e estações, a CPTM, visitou várias igrejas evangélicas para informar sobre essa legislação e esclarecer dúvidas", garante, ainda, sua acessoria de imprensa.
O evangelista Adeildo Francisco de Lima trabalha como segurança numa loja de artigos evangélicos em São Paulo e, durante o trajeto de casa para o emprego e vice-versa, ele aproveita o tempo para suas pregações, consciente de que está salvando muitas almas. Ele afirma que, por diversas vezes, foi vítima de represália por parte dos fiscais das estações: "Já levei muita pancada, cusparada, e tive minha Bíblia rasgada", desabafa. E mesmo que não agrade a maioria dos passageiros com seus sermões e discursos inflamados, ele persiste com seu trabalho que considera o cumprimento de uma determinação de Deus.

Devemos sim anunciar a palavra de Deus a toda criatura, obedecer as autoridades e fazer tudo com ordem e decência. Encontramos diversos pontos de vista diferentes com relação a este assunto. Sou a favor do evangelismo nos trens, mas devemos ser prudentes como a serpente e simples como a pomba.

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” (Mateus 10:16)


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